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A discalculia é um transtorno de aprendizagem que afeta as habilidades matemáticas. Diagnosticá-la cedo pode ajudar a evitar um baixo desempenho escolar
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02mar

Discalculia visuoespacial: características e tratamento

A discalculia é um transtorno da aprendizagem que pode apresentar-se de forma muito heterogênea. Quando os problemas mais evidentes se situam ao nível do processamento da informação visuoespacial, podemos falar de discalculia visuoespacial.

discalculia visuoespacial
fotografia de Adobe Stock

O que é a discalculia?

A discalculia é uma perturbação da aprendizagem que afeta a capacidade de uma pessoa em compreender e efetuar cálculos matemáticos. Caracteriza-se por dificuldades persistentes na aprendizagem e aplicação de competências matemáticas básicas, que podem afetar o desempenho académico e as atividades diárias. As pessoas com discalculia podem ter dificuldades em aprender e memorizar a tabuada, compreender conceitos matemáticos abstratos, efetuar cálculos mentais ou escritos, compreender problemas matemáticos e efetuar operações aritméticas simples. A discalculia não está relacionada com a inteligência de uma pessoa, mas é transtorno específico da aprendizagem.

De acordo com alguns autores (e.g. Wilson & Dehaene, 2007; Karagiannakis et al, 2014), podem existir diferentes tipos de discalculia e um desses tipos é a discalculia visuoespacial.

Discalculia visuoespacial

Existem vários estudos que sugerem que as competências visuoespaciais predizem o desempenho matemático das crianças (Tosto et al., 2014). Em geral, as competências visuoespaciais são fundamentais para muitas tarefas aritméticas. Os cálculos de vários dígitos, por exemplo, dependem da capacidade de organizar espacialmente a execução do algoritmo, mantendo o alinhamento das colunas e linhas.

A discalculia visuoespacial é um transtorno de aprendizagem que afeta a capacidade de uma pessoa compreender e manipular conceitos matemáticos que envolvem a orientação espacial, tais como

  • A compreensão de padrões.
  • A perceção da localização relativa dos objetos.
  • A identificação das simetrias.
  • Compreensão de diagramas e mapas.
  • A representação espacial dos números.

Além disso, as pessoas com discalculia visuoespacial podem ter dificuldades em compreender conceitos matemáticos abstratos, em resolver problemas de geometria e em efetuar cálculos aritméticos (especialmente se esses cálculos forem escritos).

O diagnóstico

Se um aluno tiver dificuldades significativas na aprendizagem da matemática, os pais e os professores devem consultar um psicólogo escolar especializado em discalculia, ou encaminhar o aluno ao orientador escolar para uma avaliação completa.

Tal avaliação deverá incluir testes psicológicos de inteligência, atenção e leitura, bem como testes específicos de matemática.

No caso da discalculia visoespacial, a criança terá dificuldades mais severas nas provas que avaliam:

  • O cálculo escrito.
  • Geometria.
  • Reconhecimento de algarismos e símbolos matemáticos.

A intervenção

Após o diagnóstico, é necessário recorrer a todos os recursos psicopedagógicos para tentar fazer com que a criança atinja um melhor funcionamento. A intervenção, específica e global, deve ser efetuada de forma a respeitar as características específicas de cada criança e dar mais ênfase às dificuldades que se manifestam de forma mais grave.00 De um modo geral, as crianças discalcúlicas necessitam de um treino diário adaptado, baseado na compreensão de conceitos e procedimentos, e com a utilização de materiais manipuláveis que facilitem a compreensão numérica.

Para saber mais sobre os exercícios que podem ser incluídos num programa de intervenção para trabalhar as dificuldades nas competências numéricas básicas, consulte o nosso post com atividades para melhorar a discalculia.

Se tiver dúvidas sobre a possibilidade de o seu filho ter discalculia, não hesite em utilizar o teste de discalculia gratuito do Smartick. No caso da discalculia, a identificação e a atenção precoce prestada às crianças ajudam a reduzir as dificuldades.

Referências

  • Tosto, M. G., Hanscombe, K. B., Haworth, C. M., Davis, O. S., Petrill, S. A., Dale, P. S., … & Kovas, Y. (2014).Why do spatial abilities predict mathematical performance?. Developmental science, 17(3), 462-470.
  • Wilson, A. J., & Dehaene, S. (2007). Number sense and developmental dyscalculia. Em D. Coch, G. Dawson, & K. W Fischer (Eds.), Human behavior, learning, and the developing brain: Atypical development (pp. 212-238). The Guilford Press.
  • Karagiannakis, G., Baccaglini-Frank, A., & Papadatos, Y. (2014). Mathematical learning difficulties subtypes classification. Frontiers in human neuroscience, 8, 57.
Hiwet Costa

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